
As chuvas ocorridas na noite de sábado que se estenderam até a manhã de segunda feira, atingiram toda a nossa região. Extensionistas da Emater relatam uma variação de 100 a 150 mm. A última chuva em volume considerável foi no dia 7 de setembro, após isso foram pancadas isoladas com volumes baixos e irregulares, portanto ficando 82 dias sem chuva considerável.
Dieter Windmöller, do Escritório da Emater/ASCAR de Erval Seco, relata que o prejuízo provocado pela estiagem foi de diversas formas: “Houve atraso e impossibilidade de plantio de pastagens, bem como o não rebrote das áreas permanentes e anuais, o que reflete diretamente na produção de leite, que teve perdas, em muitos casos, superiores a 30% diário; e que vai se prolongar até a recuperação das pastagens. Outro ponto importante, e que é preocupante, é a qualidade da silagem, pois o milho é de baixa qualidade; muitas plantas sem espigas ou espigas com muitas falhas, fazendo com que alguns produtores de leite comprem lavouras de outros agricultores para garantir a alimentação dos animais para os próximos meses”.
Quanto às lavouras, o milho é a mais prejudicada, como nos conta Dieter: “Pois sofreu praticamente desde a emergência, a planta não cresceu, tem falhas de granação e muitas plantas sem espigas. Os prejuízos são variados, mas temos muitos casos de perda total, sendo eliminadas para implantação de nova cultura. O grande problema está na questão do crédito, pois a legislação atual não permite um segundo financiamento no mesmo ano agrícola, o que deveria ser mudado pelo órgão competente”.
Na cultura da soja o maior problema é o atraso do plantio, “fazendo com que se perca a melhor data de plantio o que deve refletir na produtividade”, frisou Dieter, “como as informações da meteorologia não são animadoras, não há, portanto, uma perspectiva de boa safra, precisamos esperar que a situação volte ao normal ao menos daqui pra frente”.
Em termos gerais, Dieter salienta que: “Os prejuízos são irreparáveis e na maioria dos casos é um ano perdido, pois apesar do preço estar em alta, está faltando milho até para o consumo na propriedade”.
Fonte: https://www.facebook.com/RadioNativaervalseco